Saneamento básico é primordial para o desenvolvimento das cidades inteligentes

O conceito de smart city já se consolidou no mercado e faz parte do plano de desenvolvimento sustentável das cidades pelo mundo. A ideia deste formato é o uso das tecnologias para gerar eficiência nas operações urbanas, de tal forma que mantém o desenvolvimento econômico ao mesmo tempo que melhora a qualidade de vida da população. De acordo com o Cities in Motion Index, do IESE Business School na Espanha, 10 dimensões indicam o nível de inteligência de uma cidade: governança, administração pública, planejamento urbano, tecnologia, o meio ambiente, conexões internacionais, coesão social, capital humano e a economia. No âmbito de planejamento urbano e o meio ambiente, é possível se deparar com questões de saneamento básico, que englobam serviços como abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto e coleta de resíduos. Segundo o Instituto Trata Brasil, estes serviços essenciais encontram-se em atraso em cerca de três décadas no Brasil e, para alcançar a meta do PLANSAB (Plano Nacional de Saneamento Básico) de universalização dos serviços até 2033, é necessário um investimento de ao menos R$ 22 bilhões ao ano. Atualmente, são investidos menos da metade em prol destas atividades. Esgotamento Sanitário Em Atibaia, as obras de esgotamento sanitário têm avançado muito e a cidade está próxima a universalização dos serviços entre os próximos anos. Para que isso aconteça de forma eficaz, proporcionando maior qualidade de vida aos moradores, a Atibaia Saneamento, empresa do Grupo Iguá responsável pela coleta e tratamento de esgoto no município, tem otimizado e modernizado suas atividades, como com o novo sistema de aeração implantado na ETE Estoril; a Central de Monitoramento que avalia remotamente a operação das elevatórias, entre outras ações que visam garantir a eficiência e um melhor resultado no processo de tratamento de efluentes e devolução aos mananciais da cidade. De acordo com Mateus Banaco, diretor da Atibaia Saneamento, as cidades do século 21 têm que ser pensadas de forma onde o desenvolvimento urbano esteja conectado com o saneamento básico. “Essas atividades essenciais beneficiam diretamente a saúde da população, como também do meio ambiente, proporcionando assim, uma reação em cadeia de melhorias em diversas esferas da sociedade no presente e futuro”, disse o diretor.
Recuperação do rio Doce passa por investimentos em saneamento

O novo Marco Legal do Saneamento Básico abriu espaço para uma das discussões mais importantes para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira: a ampliação da cobertura desse serviço, um dos setores de infraestrutura com o maior déficit de investimentos do país. O baixo índice de cobertura na coleta e tratamento de esgoto é um problema histórico no Brasil, e na bacia do rio Doce não poderia ser diferente. Antes mesmo do rompimento da barragem (em Mariana), o rio Doce enfrentava havia décadas uma situação de degradação ambiental. Afinal, cerca de 80% do esgoto da bacia não tem tratamento. Estima-se que, por ano, sejam despejados no rio cerca de 144 milhões de metros cúbicos de esgoto não tratado. Para contribuir com a melhora da qualidade da água do rio, o Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC) que instituiu os 42 programas de reparação e compensação do rompimento da barragem de Fundão gerenciados pela Fundação Renova estabeleceu, como uma das principais medidas compensatórias, a destinação de recursos para investimentos em coleta e tratamento de esgoto e destinação de resíduos sólidos para 39 municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo. Ao implantar o programa de saneamento, contudo, constatamos que a questão não se resumia à disponibilidade de recursos, que hoje já são aproximadamente R$ 600 milhões. Faltava também capacitação técnica nos municípios para o desenvolvimento de projetos eficientes. Sem isso, não se conseguiria atingir os objetivos propostos. Recursos Para solucionar esse gargalo e permitir que os recursos fossem aplicados de forma eficiente, a Fundação Renova decidiu investir na preparação das equipes técnicas municipais. Foram investidos aproximadamente R$ 7,3 milhões e realizadas mais de 1.400 reuniões de apoio técnico e mais de 700 horas de treinamentos. Com o apoio e capacitação técnica, o programa de saneamento começou a deslanchar. Vinte e três municípios estão elaborando projetos. Outras seis cidades já estão na fase de realização das obras. O programa prevê que as obras dos sistemas de esgotamento sanitário nesses municípios sejam realizadas em etapas e de forma a permitir a maior cobertura possível de coleta e tratamento de esgoto com os recursos disponibilizados. São investimentos em um projeto estruturante que vão permitir não apenas levar o rio Doce a um novo patamar de despoluição, com a redução gradativa do descarte de esgoto e a consequente ampliação da oxigenação da água, como também trazer benefícios para cerca de 1,5 milhão de pessoas, com melhoria da qualidade de vida e das condições de saúde em um horizonte de longo prazo. Meio Ambiente Além dos impactos ambientais inegáveis, há um ganho intangível que deve ser considerado: a partir da capacitação técnica já disponibilizada, essas cidades vão estar melhor preparadas a planejar os rumos na direção da universalização, por meio da captação de novos recursos, a fim de cumprir as metas estabelecidas pelo novo marco legal. A água do rio Doce, hoje, está em padrões semelhantes ao período anterior ao rompimento da barragem de Fundão e pode ser consumida após tratamento convencional, conforme os dados coletados pelo maior programa de monitoramento implantado no país. A coleta e o tratamento do esgoto são fundamentais para a revitalização do rio e para contribuir com a melhoria da qualidade da água e das condições de saúde nesses municípios de forma sustentável. Recursos Para solucionar esse gargalo e permitir que os recursos fossem aplicados de forma eficiente, a Fundação Renova decidiu investir na preparação das equipes técnicas municipais. Foram investidos aproximadamente R$ 7,3 milhões e realizadas mais de 1.400 reuniões de apoio técnico e mais de 700 horas de treinamentos. Com o apoio e capacitação técnica, o programa de saneamento começou a deslanchar. Vinte e três municípios estão elaborando projetos. Outras seis cidades já estão na fase de realização das obras. O programa prevê que as obras dos sistemas de esgotamento sanitário nesses municípios sejam realizadas em etapas e de forma a permitir a maior cobertura possível de coleta e tratamento de esgoto com os recursos disponibilizados. São investimentos em um projeto estruturante que vão permitir não apenas levar o rio Doce a um novo patamar de despoluição, com a redução gradativa do descarte de esgoto e a consequente ampliação da oxigenação da água, como também trazer benefícios para cerca de 1,5 milhão de pessoas, com melhoria da qualidade de vida e das condições de saúde em um horizonte de longo prazo. Meio Ambiente Além dos impactos ambientais inegáveis, há um ganho intangível que deve ser considerado: a partir da capacitação técnica já disponibilizada, essas cidades vão estar melhor preparadas a planejar os rumos na direção da universalização, por meio da captação de novos recursos, a fim de cumprir as metas estabelecidas pelo novo marco legal. A água do rio Doce, hoje, está em padrões semelhantes ao período anterior ao rompimento da barragem de Fundão e pode ser consumida após tratamento convencional, conforme os dados coletados pelo maior programa de monitoramento implantado no país. A coleta e o tratamento do esgoto são fundamentais para a revitalização do rio e para contribuir com a melhoria da qualidade da água e das condições de saúde nesses municípios de forma sustentável.
Porto Alegre/RS apresenta estudos para parcerias na área de saneamento em encontro nacional

Porto Alegre foi a única cidade convidada a mostrar os seus projetos no evento. O debate faz parte da programação do XVIII Encontro Nacional das Águas Urbanas. O secretário municipal de Parcerias Estratégicas, Thiago Ribeiro, apresentou os dois estudos de parceria público-privada (PPP) realizados na capital gaúcha na área do saneamento. O primeiro, nos setores de água e esgotamento sanitário, foi iniciado em janeiro deste ano. Elaborado com a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o estudo já possui diagnóstico bastante avançado. O segundo projeto foi assinado com a Caixa, em setembro, para estruturação de uma PPP para drenagem urbana. Porto Alegre foi escolhida pelo Programa de Parcerias de Investimentos do Governo Federal (PPI) para o desenvolvimento de um projeto-piloto, juntamente com Teresina. Estudos Sobre Saneamento A consultoria que fará o estudo passará por um processo de seleção nos moldes dos contratos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O modelo shortlist avalia menor preço e qualidade técnica, garantindo assim um estudo bastante robusto e chances de mais interessados em um futuro contrato de concessão do serviço. O processo de seleção deve ocorrer na primeira quinzena de novembro e será publicado no Diário Oficial da União. O debate no webinar desta quarta-feira foi moderado pelo superintendente de Operações e Eventos Críticos da ANA, Joaquim Gondin, e contou ainda com Carlos Tucci, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (Ufrgs); Manoel Renato, diretor do PPI do Ministério da Economia; e Alexandre Anderáos, integrante do Grupo de Trabalho do Saneamento da ANA. FONTE: https://www.saneamentobasico.com.br
Tenda investe em construção off-site para expandir atuação no Brasil

A construtora e incorporadora brasileira Tenda adiantou à Forbes, com exclusividade, que concluiu nesta semana a montagem das duas primeiras casas em woodframe em um condomínio fechado no interior de São Paulo. A novidade representa uma inovação não só do ponto de vista da tecnologia adotada, que consiste no uso de enquadramentos de madeira, mas também do processo, já que a construção passa a ser baseada no modelo off-site, ou seja, partes dos imóveis são produzidas em uma fábrica, também no interior do Estado para, em seguida, serem transportadas para os canteiros de obra para montagem e acabamento. “Esse é o resultado de uma reflexão que começou internamente há três anos”, conta Rodrigo Osmo, CEO da companhia, cujo mercado de atuação está muito relacionado aos imóveis que atendem aos requisitos do Programa Casa Verde e Amarela (antigo Minha Casa Minha Vida). “Nós percebemos que o nosso modelo de negócios tinha uma capacidade de crescimento limitada. Estávamos lançando cerca de 15 mil unidades por ano e poderíamos chegar, no máximo, a 30 mil em algum tempo. Entre ser uma grande geradora de caixa, estável, mas com desenvolvimento restrito, e aproveitar nosso expertise para iniciar um novo ciclo de negócios, ficamos com a segunda alternativa”, conta o executivo. Com base nessa definição, a companhia então partiu para o desafio de resolver dois entraves principais. O primeiro era justamente continuar crescendo e, para isso, era preciso sair das grandes regiões metropolitanas. “Até então, essa era uma condição necessária para ter uma escala capaz de manter o nosso modelo de negócios em pé. Mas era preciso encontrar uma forma de operar em escala menor e, assim, entrar em cidades pequenas e médias”, diz Osmo. O segundo problema passava pela constatação de que a abordagem industrial usada na construção civil produzia ganhos marginais cada vez menores, e que, com o passar do tempo, não haveria mais incrementos de produtividade porque toda a operação já estaria otimizada na ponta. “O modelo off-site veio para equacionar essas adversidades. Por um lado, ele permite que atuemos com uma escala local pequena, no nível da cidade onde está o empreendimento. Por outro, o fato de transferir a obra do canteiro para uma fábrica aumenta muito a nossa capacidade de industrialização do processo”, explica o executivo referindo-se à independência em relação às intempéries, à possibilidade de atuação em três turnos e até à otimização de processos, já que vários deles estarão no mesmo lugar. Divulgação WOODFRAME E NOVOS MODELOS CONSTRUTIVOS Após uma série de viagens para o exterior, tanto de Osmo quanto de outros executivos da companhia, decidiu-se pela utilização da tecnologia woodframe, amplamente aplicada em residências de alto padrão em países como Canadá, Estados Unidos, Japão, Alemanha e Suécia. “Mercados desenvolvidos utilizam woodframe em residências menos populares porque ele garante um conforto térmico e um isolamento acústico superiores ao que as tecnologias convencionais oferecem”, explica Osmo, comparando a matéria-prima com o concreto. Por aqui, o desafio da empresa vai ser justamente encontrar uma maneira de usar a tecnologia no segmento de imóveis populares. “Esse mercado tem um tamanho expressivo e aceita bem a padronização de tipologias. Esses dois componentes são muito importantes para viabilizar uma operação industrial de larga escala e com ganhos de produtividade. Apostamos nesta combinação para oferecer um produto de qualidade superior a um preço acessível.” O executivo explica que a madeira também tem um forte componente de sustentabilidade. Diferente de outros insumos, como aço e concreto, que são emissores de carbono, a madeira sequestra CO2 do meio ambiente para crescer. Além disso, a construção em fábrica reduz significativamente o volume de resíduos e o consumo de água nas obras. Por enquanto, a iniciativa está funcionando em escala artesanal no espaço alugado de 3 mil metros quadrados, onde estão sendo desenvolvidas as prototipagens e os painéis que depois são levados ao condomínio, para a montagem das casas que têm, aproximadamente, 60 metros quadrados. Mas, para o executivo, o resultado das casas-modelo foi animador e abre as portas para acelerar a validação de diversos conceitos da construção off-site. Se tudo correr como a empresa espera – e o negócio ganhar escala –, será preciso definir como conduzir essa transição para um modelo industrial e não mais artesanal. “Isso pode ocorrer de diversas formas”, diz Osmo. “Pela instalação de várias fábricas como essa que temos hoje, de joint ventures com empresas que já tenham partes do processo fabril constituídas ou até da estruturação de uma única unidade.” Também é preciso, ainda, ganhar mais experiência na montagem nos canteiros, avaliar a aceitação junto aos consumidores e entender como fica a relação com o agente financiador. O executivo estima que sejam necessários cerca de dois anos para começar a produzir em larga escala. O objetivo é ambicioso: cerca de 60 mil unidades por ano, o que quadruplicaria a atual capacidade da construtora. Para Osmo, esse movimento da companhia está alinhando ao que se entende, de fato, por inovação. “A construção civil é um grande paradoxo, uma vez que é o maior segmento do mundo – representa 13% do PIB mundial – ao mesmo tempo em que é também o mais ineficiente”, explica. “Inovar, nessa área, não é só digitalizar processos. Esse é um componente importante, mas é parte de algo maior. O que de fato vai resolver esse problema de produtividade é a industrialização, ou seja, sair de um ambiente hostil, como o canteiro de obras, para um ambiente mais controlado. Essa é a verdadeira inovação, a verdadeira concepção de construtech.” Até o momento, a iniciativa consumiu pouco mais de R$ 12 milhões, mas a expectativa é que esse investimento aumente conforme as próximas fases forem sendo encaminhadas. “Originalmente, a ideia era investir 1% da receita em pesquisa e desenvolvimento, mas é possível que esse índice suba para 2% ao longo do tempo.” FONTE: FORBEShttps://www.forbes.com.br/forbes-insider/2020/09/exclusivo-tenda-investe-em-construcao-off-site-para-expandir-atuacao-no-brasil/
Novo marco do saneamento básico aumentará geração de empregos

Com a aprovação do novo marco do saneamento básico, a economia deve ser movimentada com a modernização do setor. A meta é gerar por volta de 700 mil empregos no País nos próximos 14 anos, de acordo com o Ministério da Economia. O professor Rudinei Toneto, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP, explica que o aumento dos investimentos na área pode gerar efeitos diretos e indiretos. “A estimativa é que haja dois tipos de impacto. Com o aumento das extensões de rede de água e esgoto, isso gerará empregos diretos, relacionados à manutenção, atendimento e administração do projeto. Além disso, a elevação dos investimentos na área também gerará empregos durante o processo, com a necessidade de profissionais da construção civil, da indústria de materiais de construção, projetistas, engenheiros, entre outros”, explica Toneto. Ele acredita que o crescimento do número de empregados também gerará o “efeito multiplicador”, gerando a criação de empregos adicionais, relacionados às necessidades daqueles que trabalharão diretamente na operação dos novos serviços. A participação do setor privado, prevista pelo novo marco, também contribuirá com uma maior capacidade de gestão dos recursos, assim como maior segurança regulatória, fornecendo maior garantia ao investidor, por consequência, movimentando a economia. Entretanto, o professor ressalta alguns desafios na implementação dessas modernizações, incluindo a quantidade de recursos financeiros necessários, o detalhamento do projeto e os problemas atuais do serviço, e também a necessidade de qualificação de pessoal técnico. Fonte: Jornal da USP.
Doria volta a buscar dinheiro para despoluição do rio Pinheiros/SP

A Desenvolve SP diz que está em negociação para captar US$ 75 milhões para o projeto de despoluição do rio Pinheiros com o IFC, braço do Banco Mundial para o setor privado. O banco também espera captar recursos da CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina) e do NDB (Novo Banco de Desenvolvimento, o banco dos Brics). Se der certo, a nova rodada de captação vai aliviar o receio das empresas que embarcaram no projeto do Pinheiros, amparadas no plano de financiamento do governo Doria para as vencedoras dos editais da Sabesp, com taxas a partir de 0,17% ao mês mais Selic. Até agora, a Desenvolve SP aprovou quatro operações de crédito para a área no valor total de R$ 84,64 milhões. Outras oito propostas de financiamento estão ainda em fase de análise. Recuperação Ambiental A recuperação do Pinheiros é menina dos olhos do governador João Doria na área ambiental e tem potencial de valorização imobiliária do entorno. A Desenvolve SP diz que os recursos não acabaram. “Estamos captando para ganhar capacidade de alavancagem e liquidez, uma operação normal no mercado. Porque existe uma crise de liquidez na economia mundial e brasileira, e, em São Paulo não é diferente”, afirma em nota. A instituição diz que ajustou suas políticas de crédito na pandemia por causa da necessidade emergencial de liquidez das pequenas e médias empresas. Segundo a Desenvolve SP, a prioridade tem sido fornecer crédito emergencial na linha de capital de giro. “Agora, na etapa de recuperação econômica (6 a 12 meses do início da pandemia), estamos empenhados na internalização de recursos para projetos de investimento”, afirma a instituição. Fonte: Folha UOL.
Conheça a economia e os benefícios ambientais do aproveitamento de águas cinzas.

Por Sibylle Muller As águas cinzas são aquelas originadas na saída de lavatórios, ralos de chuveiro e máquinas de lavar. São uma mistura de água, produtos de higiene e baixa concentração de matéria orgânica. Estas águas constituem um recurso hídrico a mais que, pode passar por um tratamento e ser reaproveitado em tarefas que necessitam de água, mas não potável. Para estes usos, em que a potabilidade não é requerida, os níveis dos parâmetros de qualidade da água não precisam ser os mesmos estabelecidos quando para o consumo humano, uma vez que a água não será ingerida e não terá contato direto com a pele e mucosas. Já pensou em dar descarga ou abrir a mangueira do jardim e saber que não está utilizando água potável, comprada das empresas de saneamento básico? Além de econômica, essa atitude tem grande valor para o meio ambiente: reduz a carga poluidora despejada nos rios, preserva a água potável para fins nobres (água para beber e água para tomar banho, por exemplo). Imagina a economia com o uso de água não potável tratada, em vasos sanitários, limpeza, irrigação de áreas verdes, sistemas de ar condicionado, para um prédio, com 40 famílias, por exemplo. A boa notícia é que, com as tecnologias atuais, é possível realizar este ciclo dentro dos próprios empreendimentos. Empresas, shoppings centers, centros de eventos e condomínios já adotam o reuso de água cinza para a gestão ambiental e econômica das atividades. O volume gerado de águas cinzas em um empreendimento residencial ou comercial, na maioria das vezes, atende as necessidades de vazão dos pontos de consumo para água não potável. Por esse motivo, a AcquaBrasilis, empresa que atua no mercado para oferecer as melhores soluções em gestão hídrica, inicia os projetos de reuso de águas cinzas a partir de um balanço hídrico dos empreendimentos, onde se apresentam todas as fontes (esgoto bruto, águas cinzas, águas de drenagem, por exemplo) e avalia onde elas podem ser aproveitadas, após o tratamento, para garantir o melhor custo benefício e a redução de despesas aos usuários. O AcquaCiclus, tecnologia da AcquaBrasilis, utiliza um sistema único de tratamento de efluentes que utiliza a tecnologia de leitos fixos rotativos (rotores). O funcionamento é baseado em princípios naturais de degradação da matéria orgânica, que permite a digestão do esgoto em presença de oxigênio do ar, sem a necessidade de introduzir nenhuma substância ou produto estranho ao processo. Trata-se de um sistema de tratamento inovador para o reuso de águas cinzas no Brasil, e que vem sendo projetado e utilizado com sucesso em projetos com mais de 10 anos. A empresa já elaborou 220 projetos de sistemas AcquaCiclus com reuso de água cinza, tendo em operação 145 Sistemas, com capacidade instalada de 37.440 m3/m de água cinza tratada, em todo o Brasil. Quais são os benefícios das estações de tratamento de águas cinzas e reuso? Valorização do Patrimônio Economia na Conta de Água, Esgoto e redução de despesas mensais Garantia da disponibilidade em épocas de escassez Atitude responsável com o meio ambiente Excelente custo-benefício Baixo consumo de energia Baixo custo operacional e de manutenção Sistemas aeróbicos que não produzem cheiro Sistema modulável com opção de aumentar a capacidade conforme a necessidade de crescimento
Marco legal do saneamento deve acelerar investimentos para diminuir o déficit no setor

Especialistas do Fórum de Infraestrutura Grandes Construções também pontuaram outras questões importantes para a área, como o planejamento e a tecnologia O novo marco legal do saneamento tende a equacionar o problema da falta de recursos para área no país. Nos últimos anos, os investimentos ficaram entre R$ 11 bilhões a R$ 13 bilhões, quando seriam necessários, ao menos, R$ 20 bilhões anuais para diminuir o déficit dos serviços de coleta e tratamento de esgoto e tratamento e fornecimento de água potável. De acordo com Édison Carlos, presidente do Instituto Trata Brasil, em comparação com outros setores da infraestrutura, o saneamento é o primo pobre, com percentuais de aportes financeiros que variam entre 0,18% a 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB). “Nesse ritmo, não vai se chegar a lugar algum. Até a energia elétrica que é universalizada investe o dobro do saneamento no Brasil”, pondera o palestrante do Fórum de Infraestrutura Grandes Construções, que debateu Saneamento e Tecnologia: a chave para o desenvolvimento, no dia 20 de agosto. Ilana Ferreira, superintendente técnica da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), reforçou que os investimentos médios anuais no setor não são suficientes para atender a população, ou seja, expandir a rede, nem para recuperar a depreciação da rede existente. Segundo um estudo da entidade com a KPMG, seriam necessários mais de R$ 750 bilhões até 2033, sendo R$ 498 bilhões voltados para a expansão e R$ 255 bilhões para a manutenção. “O segmento é de baixa elasticidade, o que significa que as grandes variações do PIB afetam o setor, mas com proporcionalidade menor. O que impacta o saneamento no Brasil são as questões ambientais”.Além do investimento, outro fator preocupante é a perda de água potável, que chegou a 38,5% em 2018. “Ela acontece em todo o mundo, porém, esse índice é muito alto. Um percentual tolerável seria de 15%”, ressaltou Carlos. Como resultado, são R$ 12 bilhões de prejuízo com a perda de água, que poderiam ser revertidos, segundo ele, em investimentos, caso houvesse mais eficiência. Nesse sentido, Luiz Roberto Gravina Pladevall, presidente da Associação Paulista de Empresas de Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio Ambiente (APECS), comentou que esse percentual de perda de água pode chegar até 70% dependendo da localidade, o que é muito frustrante para o consumidor, que paga pelo serviço, mas sem eficiência. Além disso, ele avaliou que reduzir a perda de água significa diminuir o custo de produção. Para ele, há muita coisa a ser feita no saneamento, mas não é possível virar a chave de uma hora para outra, isto é, passar de um investimento de R$ 12 bilhões para um de R$ 40 bilhões. “É necessário um planejamento de curto, médio e longo prazos e uma cadeia produtiva estruturada. Essa ação precisa ser bem feita e eficiente. Caso contrário, podemos chegar à universalização do saneamento, mas com grandes perdas e entregando um serviço ruim à população”. Para aumentar a eficiência do setor e diminuir as perdas decorrentes da falta de manutenção ou por ilegalidades, os especialistas do Fórum de Infraestrutura Grandes Construções 2020 foram enfáticos sobre a importância de utilizar a tecnologia como uma aliada. “O Brasil tem muita tecnologia disponível no mercado. A questão é aplica-la as necessidades locais”, afirmou Hélio Sugimura, gerente de Marketing da Mitsubishi Electric, que acrescentou que ela pode ser usada, por exemplo, para reduzir custos operacionais e melhorar a eficiência energética. “Em outros países, a tecnologia pode oferecer suporte a todo processo produtivo”. João Rosa, sócio-fundador da Acqua Expert também acredita que a tecnologia é importante para elevar a qualidade do saneamento no país. No entanto, ele ponderou que algumas dessas tecnologias são importadas e que, com isso, há poucas pessoas com conhecimento e habilidade para fazer o dimensionamento e utilizá-las corretamente. Mesmo assim, na visão de Sugimura, o marco legal do saneamento pode ser uma oportunidade de transferir tecnologia e conhecimento já aplicados em outras nações do mundo. “No exterior, existe uma preocupação muito grande com a eficiência energética para o tratamento de água e esgoto. Outra questão também de atenção é a redundância de controladores e dos sistemas para dar confiabilidade aos processos”. Outra área que faz parte do saneamento é o resíduo. Desse modo, Luiz Gonzaga Alves Pereira, diretor presidente da Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (Abetre), revelou que a situação da área de resíduos é pior do que a de água e esgoto. “Os nossos números são da época da pedra lascada. Um país com a dimensão do Brasil não pode em 2020 ainda agraciar a população com mais de 3 mil lixões. Estamos falando de saúde e quanto mais deixarmos de cuidar dos problemas que geram esse tipo de ação, mais problema teremos”, enfatizou. Uma realização da Revista Grandes Construções e da Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração, o Fórum de Infraestrutura Grandes Construções foi aberto pelo engenheiro Afonso Mamede, presidente da Sobratema, e teve a moderação de Vagner Barbosa, diretor da Agência Canteiro. O evento híbrido contou com os apoios da BW Expo, Summit e Digital 2020 e da M&T Expo 2021 e patrocínio da Itubombas, JCB e AcquaBrasilis. FONTE / Assista na íntegra: http://www.sobratemaforum.com.br/
Com vetos, Bolsonaro sanciona marco legal do saneamento básico

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou hoje, com vetos, o novo marco legal do saneamento básico. Controverso, o texto da lei busca atrair investimentos privados para universalizar o abastecimento de água e o tratamento de esgoto no país. Há, por outro lado, críticas de governadores, prefeitos e representantes da oposição. Bolsonaro barrou 11 trechos, entre os quais o polêmico artigo 16, que garantia aos governos locais, até 2022, a continuidade dos chamados contratos de programa e o subsídio cruzado para empresas estatais. O contrato de programa é um instrumento jurídico que estabelece as condições de um acordo comercial entre dois entes da federação ou consórcio público para prestação de serviços. Na prática, o mecanismo cria a possibilidade de contratação de uma estatal sem que, para isso, haja necessidade de processo licitatório. O artigo 16 havia sido fruto de um acordo entre governadores e prefeitos e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Diz o dispositivo: “Os contratos de programa vigentes e as situações de fato de prestação dos serviços públicos de saneamento básico por empresa pública ou sociedade de economia mista, assim consideradas aquelas em que tal prestação ocorra sem a assinatura, a qualquer tempo, de contrato de programa, ou cuja vigência esteja expirada, poderão ser reconhecidas como contratos de programa e formalizadas ou renovados mediante acordo entre as partes, até 31 de março de 2022.” Confirmado o veto de Bolsonaro, os governos locais serão obrigados a realizar licitações para substituir esses contratos. De acordo com o governo, não há risco de insegurança jurídica, pois todos os acordos permanecem em vigor até a conclusão do certame. Na versão da Secretaria-Geral da Presidência, o trecho foi vetado por estar “em descompasso com os objetivos do novo marco legal do saneamento básico, que orientam a celebração de contratos de concessão, mediante prévia licitação, estimulando a competitividade da prestação desses serviços com eficiência e eficácia, o que por sua vez contribui para melhores resultados”. O deputado Geninho Zuliani (DEM-SP), que foi relator do marco do saneamento na Câmara, estima que haverá mobilização de governadores e prefeitos junto a parlamentares, sobretudo os da oposição, para derrubar o veto ao artigo 16. “É um tema polêmico e que já havia sido muito discutido no Congresso. Com certeza, vai ter resistência.” Os vetos presidenciais são analisados pelo Congresso Nacional em sessão conjunta (que une deputados e senadores). O Parlamento tem, portanto, prerrogativa para confirmar a decisão de Bolsonaro ou derrubá-la. Em busca da universalização Com uma série de novas regras para o setor, o novo marco legal do saneamento básico prevê a abertura de licitação para serviços de água e esgoto, autorizando a entrada da iniciativa privada nas concessões, facilita a privatização de estatais de saneamento e dá um prazo maior para os municípios acabarem com os lixões, entre outras medidas. A universalização dos serviços de saneamento exigida no projeto é a chave para a entrada da iniciativa privada no setor, diante da falta de recursos próprios do setor público. O governo estima investimentos de R$ 600 bilhões a R$ 700 bilhões. Além disso, o novo marco legal deve gerar cerca de 1 milhão de empregos no País nos próximos cinco anos. O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse durante a cerimônia de assinatura do marco que o governo espera que o setor atraia investimentos de R$ 600 bilhões a R$ 700 bilhões nos próximos anos. Para o ministro, esse fluxo vai ajudar a destravar investimentos para o país também em outros setores, como gás natural e cabotagem. Já o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, disse que o novo marco contribuirá para a revitalização de bacias hidrográficas e a conservação do meio ambiente. “Essa é uma conquista histórica que torna possível que todo brasileiro tenha acesso à água potável e ao esgoto tratado. A lei vai padronizar regras e dar segurança jurídica, algo que investidores do mundo todo aguardavam. Precisamos de investimentos em torno de R$ 500 bilhões a R$ 700 bilhões em 10 anos e só chegaremos a esse montante se somarmos esforços públicos e privados”, destacou o ministro
Brasil precisa mudar velhos hábitos para alcançar o progresso no Saneamento Básico

A PL 4.162/2019 é a oportunidade para o país ter reconhecimento mundial no canteiro de obras. Desde que foi aprova no Senado o novo marco legal do saneamento básico tem sido visto como uma alternativa positiva para o cenário da construção civil. Muitos apontam como oportunidades de emprego e crescimento do setor. O relatório aprovado na última semana de junho, possibilita a entrada da iniciativa privada na prestação de serviços de saneamento e fixa o prazo de um ano para licitação obrigatória dos serviços. Entretanto, existem questionamentos que devem ser levantados para que o resultado seja benéfico para todos os colaboradores, exemplo: capacitação dos profissionais brasileiros e da indústria civil, transparência entre setor público e privado e quais os impedimentos que ainda existem nesse mercado? Segundo o consultor em gestão de projetos e engenheiro mecânico, André Luis Faturi, para o sucesso é necessário colocar acima do projeto os interesses particulares e manter uma forte atuação dos engenheiros e da parte técnica. “Se a PL 4.162/2019 for levada a sério, o Brasil se tornará um grande canteiro de obras, com muito trabalho para todos da área de engenharia, principalmente para os da área de civil, hoje o poder se sobrepõe a potência e inteligência, assim não existe engenharia.”, comenta André Luis, que relembra o perigo de desperdiçar essa oportunidade caso as licitações aprovadas e direcionadas às obras de Saneamento Básico, não sofrerem alterações. O histórico mostra um cenário preocupante e desolador: obras que ultrapassam mandatos políticos, superfaturadas e inacabadas. De acordo com o texto, os contratos de saneamento deverão definir metas de universalização que garantam o atendimento de, respectivamente, 99% e 90% da população com água potável e coleta e tratamento de esgotos até 31 de dezembro de 2033. Segundo o engenheiro:” no exterior você não rasga um asfalto como é feito aqui no Brasil, antes é necessário a leitura minuciosa de mapas, plantas da área, ou seja, uma preparação e interação de toda a parte técnica.” O Brasil não é o único com essa possibilidade, hoje existem alguns países que já trabalham em parceria com o setor privado e que conseguiram ampliar a regularização do Saneamento Básico. Em 2017, CNI – Confederação Nacional da Indústria, trouxe um estudo que apontou países eficientes em saneamento básico têm ampla participação de companhias privadas, mostra estudo da CNI Cobertura de serviços de esgoto no Brasil apresenta grande defasagem na comparação com países com renda per capita equivalente ou até menor. Chile tem 94% de participação privada, e Brasil apenas 5%. Meta do Governo para 2033, divulgado Ministério das Cidades 2013 e SNIS 2015. Fonte: GO Associados. Contudo, há três ingredientes fundamentais que André Luis Faturi defende para o bom funcionamento do setor: planejamento, regulação e gestão. “Como na copa do mundo, muitos esperavam grandes obras e nada relevante aconteceu. O planejamento tem que ser muito bem feito e esse tipo de coisa essa visa o 360 que exige esse marco regulatório é amplo, quem pensará nisso? Governantes ou técnicos?”, explica o engenheiro e relembra que em muitos casos a qualidade do marco e saneamento estão diretamente ligados com as licitações aprovadas: por preço, e não por qualidade. “Para que isso não aconteça no Saneamento é importante contratar uma empresa de engenharia que saiba dos córregos e mapas e que seja transparente nos prazos das obras e que possua aplicação fundamental da engenharia e consultoria de comercial.”, conclui o engenheiro mecânico que já trabalhou em obras de fundação civil, em vendas de equipamento e gerencia de operação. Há vinte anos é CEO da empresa, Aplicação Fundamental Engenharia, especializada em projeto, consultoria, gestão técnica e administrativa de projetos diversos. Fonte: Portal do Saneamento Básico