Meu empreendimento precisa de ETE?

As Estações de Tratamento de Esgoto/ Efluentes (ETE) são sistemas que permitem o tratamento de águas contaminadas, permitindo o retorno destas ao meio ambiente sem que haja impactos ambientais. Disto você já sabia, mas… meu empreendimento precisa de ETE? Para responder esta pergunta primeiramente deve-se analisar o contexto em que seu empreendimento esta inserido, relacionamos abaixo algum deles: – Rede Coletora de Esgoto Sanitário: Caso a rede coletora de esgoto passe na frente do seu empreendimento, você deve (por força da lei) destinar o efluente nesta, não sendo necessária a implantação de uma ETE. Para os efluentes industriais, deve-se atentar ao teor de contaminação, até mesmo a rede coletora possui limitações quando a qualidade do efluente bruto, sendo passível de adotar um tratamento prévio. Na presença de rede coletora embora não haja necessidade da implantação da ETE, a adoção de sistemas de reuso do efluente tratado, ou mesmo reaproveitamento de água de chuva, pode proporcionar economias da ordem de até 60% na fatura de água mensal. Há casos em que a rede coletora ainda não esta finalizada, ou com previsão de implantação para o futuro. Nestes casos poderá ser exigido a implantação de uma ETE provisória. – Pequenos geradores: Quando a geração de esgoto não é significativa, residências unifamiliares, pequenos comércios e outros, o órgão regulador poderá autorizar a utilização de fossa/ filtro. Vale lembrar que tais sistemas (fossa) não oferecem a remoção da contaminação de forma adequada, por este motivo são autorizadas apenas para pequenos geradores. – Potencial poluidor: O órgão ambientais local (por meio das legislações ou solicitações expecíficas) irá analisar o contexto em que o empreendimento está inserido, estabelecendo condicionantes em relação ao porte do empreendimento, fragilidades do corpo hídrico (rio) receptor local, entre outros. Neste caso será necessário a implantação de ETE, visando reduzir o impacto ao meio ambiente. Independente do contexto que seu empreendimento está inserido, a NeoAcqua conta com uma equipe de especialistas que analisa caso a caso, apresentando as soluções de melhor custo benefício, em atendimento a todas as legislações vigentes. Consulte-nos!
Tratamento de Água
[vc_row][vc_column][vc_column_text] Os sistemas de tratamento de água são desenvolvidos de acordo com a necessidade do cliente por nossa equipe de engenharia altamente capacitada. Nossos sistemas são totalmente seguros e eficientes para entregar a mais alta qualidade ao consumidor final, proporcionando soluções personalizadas, em conformidade com todas as portaria e resoluções vigentes. As tecnologias aplicadas são diversas, desde tratamento convencional, dupla filtração, até tecnologias mais avançadas como osmose reversa entre outras. Para isto nosso time de engenheiros analisa os diversos aspectos do projeto, apresentando as soluções de melhor custo-benefício técnico e econômico. [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]
Você sabe a diferença entre tecnologias de Lodos Ativados x MBBR/IFAS?

Um dos grandes desafios dos últimos anos tem sido proporcionar a devida coleta e tratamento do esgoto sanitário nas cidades de nosso País. Neste contexto, as tecnologias de Lodos Ativados e MBBR/IFAS têm sido uma das mais utilizadas mundialmente. Mas você sabe a diferença entre elas? Ambas as tecnologias de tratamento utilizam o mesmo princípio básico: o cultivo de bactérias que consomem a contaminação presente no esgoto sanitário, liberando o efluente tratado, pronto para retornar à natureza. A tecnologia de tratamento de esgoto por lodos ativados conta com as bactérias suspensas no próprio fluxo líquido que, em presença de oxigênio, degradam a matéria orgânica. Para que o processo seja eficiente, retorna-se o lodo sedimentado com as bactérias do decantador secundário, do final para o início do processo biológico, onde retornam à atividade. A tecnologia de MBBR/ IFAS baseia-se nos mesmos princípios que a tecnologia de lodos ativados. A diferença consiste na introdução, ao longo do fluxo na ETE, de peças plásticas flutuantes com grande superfície de contato que têm a função de oferecer meio de fixação/aderência aos microrganismos, proporcionando uma concentração muito superior (resultando em menores volumes de tratamento). Em resumo, ambas as tecnologias possuem mesmo índice de eficiência em tratamento, uma vez que utilizam o mesmo princípio básico. O MBBR/IFAS requer uma menor área de implantação; o processo de lodos ativados requer menor índice de operação, sendo um sistema de concepção mais simplificada, mais utilizado a nível mundial. A NeoAcqua disponibiliza ambas as tecnologias. Nossa equipe especialista analisa caso a caso, gerando soluções personalizadas de acordo com a necessidade de cada projeto. Consulte-nos!
ESG e o Reuso

ESG: A sigla proveniente do termo em inglês Environmental, Social andGovernance – ou, em português, ASG, referindo-se à Ambiental, Social eGovernança, surgiu no mundo dos investimentos em meados dos anos 2000tendo o primeiro texto sobre o assunto publicado em 2004. O ESG aborda:Fatores ambientais: uso de recursos naturais, gestão de efluentes, gestão derecursos hídricos, gestão de resíduos, emissões de gases de efeito estufa,eficiência energética, poluição.Fatores sociais: políticas e relações de trabalho, inclusão e diversidade,engajamento dos funcionários, treinamento da força de trabalho, direitoshumanos, relações com comunidades, privacidade e proteção de dados.Fatores de governança: independência do conselho, política de remuneraçãoda alta administração, diversidade na composição do conselho deadministração, estrutura dos comitês de auditoria e fiscal, ética e transparência.Principalmente nos últimos anos, tomou uma proporção imensa no mercado.Segundo dados divulgados pelo Jornal Valor Econômico, a captação derecursos dos fundos ESG em 2019 totalizava R$ 107 milhões, e encerrou o anode 2020 em R$ 4,43 bilhões. Esse aumento global de capital obviamentereflete no Brasil essa tendência. De acordo com levantamento da Morningstar eda Capital Reset, o Brasil em 2020 teve fundos ESG captando R$ 2,5 bilhões.O investimento ESG é aquele que incorpora esses aspectos como critérios naanálise de um negócio. Adotar esses princípios na análise de empresaspermite trazer questões que, além de serem fatores importantes para o bem dasociedade, afetam também os resultados das empresas. Com o tempo, essespontos estão se tornando críticos para o sucesso competitivo de longo prazo,impactando não só as decisões de compra dos consumidores, a percepção demarca, mas também os resultados financeiros. Portanto, as empresasprósperas serão aquelas que colocarem em primeiro lugar esses fatores.Do ponto de vista do que as empresas tem executado, esse trabalho ainda estáextremamente embrionário para que esses resultados de longo prazo sejamatingidos. Por outro lado, temos motivos para comemorar. Estamos vendo queo foco por parte dos investidores e por parte da sociedade, já tem surtidoefeitos no comportamento das companhias.Por outro lado, existe um ponto de atenção, o greenwashing. Tal termo podeser praticado tanto por empresas quanto por ONGs e até governos. Isso ocorrequando alguma dessas instituições promove discursos colocando-se comosustentável, mas, a teoria não compactua com a prática do dia a dia. E isso émais comum do que se imagina, uma pesquisa anônima da empresa HarrisPoll para o Google Cloud mostrou que 58% dos CEOs dizem que suasempresas praticam “greenwashing”. O levantamento ouviu 1.500 CEOs elíderes ao redor do mundo.Esse tipo de cenário, em que empresas fingem ser o que não são, faz com quealguns questionem se os fatores ESG terão de fato um impacto nocomportamento corporativo. Contrapondo esse questionamento, vamos aostrês principais pontos desse impacto: O engajamento dos Stakeholders e o comportamento dos consumidoresestá levando as empresas a abrirem os olhos e a se reinventarem; A regulação força, cada vez mais, os tópicos ESG; ESG tem sido um sinal particularmente eficaz de geração de retornopara todos os envolvidos.Para analisar o desempenho dessas empresas em se tratando dos fatoresESG, não existem padrões internacionais para avaliar uma empresa e, alémdisso, a divulgação dessas informações não é sequer obrigatória, pelo menospor enquanto. O lado positivo é que existem várias consultorias que vemcoletando diversos dados em relação a esses aspectos, criando metodologiaspara a definição de um “rating” (Sistema de notas).Com o objetivo de padronizar, alguns órgãos estabeleceram fatores relevantesde cada aspecto. Um dos principais, O SASB (Conselho de Padrões Contábeisde Sustentabilidade), realiza um importante trabalho de estabelecer padrões dedivulgação. Os tópicos de sustentabilidade do SASB são organizados em cincoamplas dimensões de sustentabilidade: meio ambiente, capital social, capitalhumano, liderança & governança e modelo de negócio & inovação.Dentro do tópico de meio ambiente, são abordados os fatores de: uso derecursos naturais, gestão de efluentes, gestão de recursos hídricos. Sendo deextrema relevância sob os aspectos de certificação e rating dessascompanhias.É então essencial implementar gestão hídrica e destinar os resíduos geradospela empresa de forma correta e efetiva. Ou seja, ter um projeto de gestãohídrica desenvolvido especialmente para atender essas necessidades.Promover reuso de águas pluviais, águas de drenagem, águas cinzas e esgotosanitário, são iniciativas que possibilitam uma melhor pontuação econsequentemente melhor imagem e retorno para a companhia.De forma conclusiva, fica evidente que é preciso e inevitável investir para obterretorno realista ligado à atividade do seu negócio. No aspecto do reuso, comtantas soluções disponíveis hoje em dia, é impraticável não as incorporar. Asempresas que tiverem coragem de investir e mudar suas práticas terão comorecompensa retorno financeiro, além da consciência limpa e a manutenção desua competitividade no âmbito do mercado.
Sistema de Tratamento e Aproveitamento de Água de Chuva
O Grupo Acqua finalizou mais uma instalação de Sistema de Tratamento e Aproveitamento de Água de Chuva. Este empreendimento residencial, localizado no bairro do Socorro, zona Sul de São Paulo, conta com uma vazão de tratamento de 2m3/h e a economia prevista mensal é de até 45 m³/mês. A água coletada nos telhados do empreendimento, com área total de 1.186 m², será tratada e utilizada na irrigação de áreas verdes no empreendimento residencial com duas torres. O sistema opera com eficiência plena e conta com a assistência e monitoramento técnico mensal fornecido pela empresa AcquaBrasilis através de um contrato de manutenção preventiva.
Tratamento de água Descubra qual a importância!

Você sabe a importância do tratamento da água? O tema Meio Ambiente tem sido amplamente discutido pela sociedade e sua preservação defendida por todos. Entretanto, você sabe como pode ajudar a preservar o Meio Ambiente cuidando da água? O planeta Terra é constituído em sua maioria por água. Entretanto, a água doce é um bem escasso e condiz, com apenas, 3% da água do Mundo sendo só 2% disponível para consumo e pode ser retirada de nossos rios, represas, lençóis freáticos, entre outros. A água limpa é de suma importância para a agricultura, indústrias, para consumo dos animais e humanos, ou seja, para que haja vida em nosso Planeta. Deste modo, cuidar e reutilizar a água existente se torna primordial para que possamos continuar a usufruir dela. Você sabe como pode ajudar nesta missão? Além do tratamento da água, a preservação da água começa com a iniciativa individual. Cada um pode começar evitando desperdícios e procurando fontes alternativas mais conscientes. Hoje, construtoras e empreendimentos têm incorporado em suas edificações tecnologias que permitem o aproveitamento da água da chuva e reuso de esgoto e água cinza. Deste modo, além de gerar economia financeira para seus usuários, eles tem demonstrado a preocupação com o Meio Ambiente e provendo soluções para seus usuários no longo prazo. Portanto, cada indivíduo pode optar por produtos de empresas que apresentem iniciativas como essas ou apartamentos para seus escritórios e moradia com tais tecnologias.
Gestão hídrica e as chuvas de verão

Por Sibylle Muller Boa parte dos moradores das grandes cidades brasileiras tem um encontro marcado com eventos que se repetem todos anos e causam mortes, danos físicos, materiais e transtornos ao funcionamento dos equipamentos públicos: as enchentes, enxurradas e deslizamentos de terras causados pelas chuvas de verão. Estes fenômenos vêm piorando com a crescente impermeabilização do solo urbano, que impede a infiltração da água de chuva nos terrenos e acaba levando as águas a escorrerem superficialmente. Outro aspecto importante na formação de enchentes é causado por resíduos acumulados nas ruas e areias de construções, que levados pelas águas de chuva até a rede pública, podem causar entupimentos nas tubulações e assoreamento em rios. A obstrução dos canos da rede pública faz com que a água não passe por eles e acabe voltando para as ruas, causando pontos de alagamento. O acúmulo de resíduos em rios e córregos diminui a lâmina de água e aumenta a probabilidade de transbordamento dos rios e córregos, causando enchentes. É clara a necessidade de melhorar a articulação e cooperação entre a União, Estados e Municípios para a solução sistêmica dos problemas causados pelas chuvas, nos meios urbanos. A receita que o país vem utilizando, há anos, é a adoção de obras de infraestrutura custosas, como os piscinões. Interferências urbanas diversas e o crescimento demográfico devem ser considerados para soluções efetivas dentro de um planejamento integrado de médio e longo prazo. No que diz respeito à impermeabilização do solo urbano, é importante manter, para novos projetos, taxas mínimas de áreas permeáveis nos terrenos para promover a infiltração da água de chuva no solo, reduzindo a possibilidade de enchentes. A gestão das águas de chuva começa a ser realizada, pontualmente, em novos projetos de edificações residenciais, comerciais, corporativas e industriais com a aplicação de soluções sustentáveis, como os projetos para aproveitamento de águas pluviais e reuso das águas cinzas. Os sistemas de tratamento de águas de chuva, corretamente dimensionados e com uso generalizado, constituem uma das ferramentas no combate à formação das enxurradas e enchentes em áreas pouco permeáveis e contribuem para a diminuição dos fluxos de águas pluviais para os córregos e rios. Além da legislação que deve exigir a previsão de projeto de aproveitamento das águas de chuva, para aprovação de novos empreendimentos, usar incentivos fiscais, como redução de IPTU, para aqueles que tenham sistemas de aproveitamento ou de reuso implantados no seu empreendimento, pode ser uma boa estratégia do poder público para a disseminação do conceito do reúso. As águas cinzas são águas residuais que geramos diariamente em processos domésticos como, por exemplo, no banho do chuveiro, no uso da pia do banheiro e na máquina de lavar. O reuso de água cinza permite a substituição do uso de água potável em situações em que a potabilidade não é necessária. A diminuição do consumo de água potável e do volume de esgoto gerado, reduzem o volume de água encaminhado para as estações de tratamento de esgoto e ou para os cursos d’água. As águas de chuva podem ser coletadas, preferencialmente, em coberturas dos edifícios residenciais, comerciais e industriais. O tratamento dessas águas deve prever filtração e desinfecção, mesmo para a utilização em fins não potáveis. Além do papel ambiental, a possibilidade de substituição de parte dos volumes de água potável por água de chuva resulta em redução efetiva do consumo de águas potáveis, diminuindo custos e preservando os mananciais para finalidades mais nobres. A partir de estudos de viabilidade do custo x benefício do aproveitamento das chuvas e das águas cinzas, para cada obra e região, a AcquaBrasilis, desenvolve projetos e instala sistemas de aproveitamento dessas águas para irrigação de jardins, canteiros, lavagem de piso, calçadas e limpeza em geral, bem como, em descargas de vasos sanitários e lavagem de veículos. A introdução de sistemas de uso racional da água nos projetos, com a retenção e consumo das águas no próprio empreendimento, com o aproveitamento ou reuso, resulta em pontos positivos para aqueles que almejam obter as certificações internacionais de sustentabilidade na construção civil, como a AQUA-HQE e Leed, do GBC. Os sistemas para tratamento e reuso de águas de chuva e cinzas, bem dimensionados e com operação adequada ao longo do tempo, podem diminuir, volumes de escoamento de águas superficiais nas ruas e reduzir os volumes de água que escorrem para rios e córregos, resultando em redução de enchentes e seus acidentes e mortes, o que pode trazer muitos benefícios, principalmente, na época das fortes chuvas de verão.
Saneamento e higiene têm papel fundamental na resposta à Covid-19, defendem UNICEF, Banco Mundial e SIWI

A pandemia da Covid-19 exacerbou a necessidade de políticas públicas que garantam a cobertura universal de serviços de saneamento, cruciais para que a população possa manter hábitos de higiene recomendados para evitar o contágio pelo vírus. Em um webinário realizado nesta quarta-feira, o UNICEF, o Banco Mundial e o Instituto Internacional de Águas de Estocolmo (SIWI) lançaram a nota técnica “O papel fundamental do saneamentoe da promoção da higiene na resposta à Covid-19 no Brasil” , que traz uma análise sobre as ações implementadas no País e recomendações para uma resposta mais eficaz e equitativa do setor à crise da Covid-19. Uma das medidas mais eficazes de prevenção do novo coronavírus é a lavagem frequente e adequada das mãos com água e sabão. Por isso, o acesso contínuo e a qualidade dos serviços de água,esgotoehigiene devem ser garantidos nos domicílios, estabelecimentos de saúde, escolas e outros espaços públicos. Hoje, o acesso a estes serviços básicos não está garantido em grande parte do Brasil – o que tem amplificado o impacto da pandemia no País. Dados do Programa Conjunto de Monitoramento da OMS/UNICEF para Saneamento e Higiene (JMP), indicam que 15 milhões de brasileiros residentes em áreas urbanas não têm acesso à água tratada. Em áreas rurais, 25 milhões gozam apenas de um nível básico desses serviços, e 2,3 milhões usam fontes de águanão seguras para consumo humano e higiene pessoal e doméstica. Os números são igualmente alarmantes quando se trata de coleta e tratamento de esgoto. No Brasil, mais de 100 milhões de pessoas não possuem acesso a uma rede segura. Desse total, 21,6 milhões usam instalações inadequadas, e 2,3 milhões ainda defecam a céu aberto. “O Banco Mundial tem feito um monitoramento das medidas adotadas no Brasil para garantir a prestação de serviços de água e esgoto durante a pandemia. Os estados, companhias de saneamento, agências reguladoras e prefeituras tem recorrido a ações de auxílio emergencial aos usuários, como por exemplo adiamento do vencimento das contas de água e esgoto e campanhas de conscientização. Mas além de garantir o fornecimento seguro de água, sobretudo aos segmentos mais vulneráveis, é importante assegurar que os provedores de serviços de água e esgoto tenham acesso a pacotes de assistência financeira para conseguirem atravessar a crise”, aponta Luis Andres, Líder do setor de Infraestrutura e Água do Banco Mundial no Brasil. Volta às aulas A situação precária também se reflete nas escolas onde – de acordo com as estimativas do JMP – 39% não possuem serviços básicos para lavagem das mãos. As desigualdades entre as regiões são tremendas. Apenas 19% das escolas públicas do estado do Amazonas têm acesso ao abastecimento de água e alguns estados da região norte registram menos de 10% das escolas com acesso ao sistema público de esgoto. “Neste momento em que os estados e municípios discutem como assegurar uma reabertura segura das escolas, fortalecer os serviços básicos de água e esgoto deve ser uma das primeiras intervenções. É necessária uma análise criteriosa da situação da Covid-19 em cada estado e município, e da situação das escolas. Nesse contexto, a disponibilidade de instalações para a lavagem das mãos, com sabão e torneiras com água suficiente, de banheiro com tratamento adequado do esgoto e de produtos de higiene é indispensável para a decisão sobre reabrir o ensino presencial”, defende Florence Bauer, representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) no Brasil. Entre as recomendações feitas na nota técnica, está assegurar a disponibilidade de dados confiáveis e desagregados relativo ao acesso adequado a água e esgoto e higiene em domicílios, escolas e estabelecimentos de saúde. Lacunas de acesso devem ser preenchidas urgentemente e atenção particular tem de ser dada às populações vulneráveis tanto nos centros urbanos como nas zonas rurais. Para fortalecer o sistema de saneamento no Brasil – tanto na resposta à crise atual como no longo prazo – a nota recomenda uma maior cooperação entre as diferentes esferas do governo (municipal, estadual e federal) e a alocação de recursos financeiros públicos aos provedores de água e esgotocom base em metas de desempenho tangíveis, transparentes e verificáveis. Sobre o Banco Mundial O Grupo Banco Mundial, uma das maiores fontes de financiamento e conhecimento para os países em desenvolvimento, está tomando medidas amplas e rápidas para ajudar esses países a fortalecer sua resposta à pandemia. Estamos apoiando as intervenções de saúde pública, trabalhando para assegurar o fluxo de suprimentos e equipamentos essenciais e ajudando o setor privado a continuar a operar e manter empregos. O Grupo disponibilizará até US$ 160 bilhões em assistência financeira ao longo de 15 meses para ajudar mais de 100 países a proteger os pobres e vulneráveis, apoiar as empresas e sustentar a retomada da economia. Desse total, US$ 50 bilhões serão novos recursos da Associação Internacional de Desenvolvimento (AID) na forma de doações e empréstimos em condições altamente concessionais Sobre o UNICEF O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) trabalha em alguns dos lugares mais difíceis do planeta, para alcançar as crianças mais desfavorecidas do mundo. Em 190 países e territórios, o UNICEF trabalha para cada criança, em todos os lugares, para construir um mundo melhor para todos. Saiba mais em www.unicef.org.br Sobre o SIWI O SIWI é um instituto líder em água, focado na governança e capacitação, com o objetivo de alcançar a utilização justa, próspera e sustentável dos recursos hídricos. Suas pesquisas e produções de conhecimento tem ajudado no desenvolvimento e implementação de políticas e programas na área. Além disso, o SIWI usa a sua credibilidade e seu poder de convocação para facilitar o diálogo entre diferentes atores, mais evidentemente, durante seu evento anual, a Semana Mundial da Água. Fonte: Unicef
“Rio perene” no semiárido: esgoto tratado irriga plantações e estádio no NE

Um rio perene em meio à seca no semiárido nordestino. É assim que projetos ouvidos pelo UOL veem a oportunidade dada pelo tratamento e reúso da água do esgoto de pequenas cidades do Ceará, do Rio Grande do Norte e de Pernambuco. Santana do Seridó (RN) recolhe todo o esgoto dos moradores. Desde 2013, o que costuma ser rejeito vira insumo, usado para irrigação da palma forrageira —muito utilizada para alimentar o gado, especialmente em anos secos quando o capim morre. “O projeto usa 30 mil litros semanais. Isso é suficiente para irrigar 1 hectare de palma com 20.000 plantas. A quantidade de água que usamos é 1,5 litro por semana por planta”, afirma Ivan Júnior, que foi autor e coordenador do projeto e hoje é professor do IFRN (Instituto Federal do Rio Grande do Norte). O cultivo na cidade de 2.500 habitantes é mantido com 2% da água de reúso e rende uma produção de 400 toneladas de palmas por ano. Os 98% restantes são convertidos em rejeitos sem ameaças ao meio ambiente. Há espaço para ampliar a produção do projeto “Palmas para Santana”, iniciado em 2013. “Se fizermos um cálculo rápido em cima de dados oficiais, no semiárido o consumo hídrico médio diário por pessoa é cerca de 102,2 litros. Se você pensar em um município com 10.000 habitantes, isso dá mais de um milhão de litros que podem ser reutilizados. Em uma região que tem restrição hídrica devido às poucas chuvas, eu entendo que o esgoto pode ser considerado como um rio perene”, afirma Júnior. Ele afirma que a lei veda apenas alguns tipos de reúso, por exemplo, como irrigar com essa água culturas que são consumidas cruas, como hortaliças. “Um exemplo de possibilidade é a lavagem de calçadas. Antes de fazer reúso da água, existe a exigência de se fazer análise microbiológica e físico-química da água. Se estiver apta para irrigação, eu particularmente prefiro usar para esse fim”, conta. Grama verde no estádio Em Afogados da Ingazeira, no sertão de Pernambuco, um projeto de reúso também foi premiado várias vezes, assim como o de Santana. O processo tem como base o tratamento do esgoto doméstico de mais de 600 imóveis antes sem atendimento. A água aproveitada garante a irrigação do campo de futebol local —e lá onde o time da cidade, que ficou conhecido nacionalmente ao eliminar este ano o Atlético-MG da Copa do Brasil, joga. “A prefeitura pagava de R$ 15 mil a R$ 20 mil de conta de água para o estádio. Hoje o estádio paga pouco mais de R$ 200 com o uso básico, ainda tem a economia com adubo, sem contar mais de 2 milhões de metros cúbicos a mais de água tratada para a população”, explica Elias Silva, assessor técnico do município e coordenador do projeto. Para o tratamento, o esgoto recebe um composto orgânico aproveitado da pecuária local para poder ser utilizado. No sertão do Ceará, outro projeto utiliza placas de concreto usadas em cisternas para armazenar água para reúso de água em plantações. Após atender famílias numa primeira fase, agora chegou a vez das escolas. Frutas e hortaliças nas escolas Segundo Ademir Ligório, coordenador territorial do Cetra (Centro de Estudos do Trabalho e Assessoria ao Trabalhador), a experiência de reúso teve como modelo o sistema desenvolvido no Rio Grande do Norte, relatado no início desta reportagem, e as cisternas foram uma opção local para baratear a operação. Ainda em 2015, a comunidade de Aroeiras, a 20 km da cidade de Quixeramobim (CE), recebeu a primeira experiência de reúso para irrigar suas plantações. “A partir daí, o governo do estado financiou outros 200 reúsos do mesmo modelo”, diz. Para as escolas, o foco é a reutilização da água da pia da cozinha. “A gente vê que é grande a quantidade de água utilizada para preparo e higienização dos alimentos, e o reúso consegue fazer a filtragem dessa água, que é bombeada para uma caixa e de lá distribuída para irrigar as plantas em um sistema de gotejamento, trabalhando fruteiras e também hortaliças com irrigação localizada”, explica. Não existe um mapeamento que aponte quantos litros de água passam por reúso no Brasil. Segundo Mauro Felizatto, doutor em tecnologia ambiental e recursos hídricos pela UnB (Universidade de Brasília), o processo de reúso de água deveria ser mais explorado no semiárido, como ocorre em países com pouca oferta de água. “Diz um ditado que a necessidade fez o sapo pular, porque ele não consegue andar. Isso quer dizer que, onde não tem água, você tem mais importância de ter o reúso. A quantidade que a gente faz de reúso é muito pequena, especialmente onde temos pouca oferta”, afirma. Felizatto explica que, de acordo com o tipo de tratamento dado a essa água já usada, ela pode ser usada para várias finalidades. “Israel reutiliza para irrigação. Lá, 70% da água que irriga o deserto vem desse reúso. Na Namíbia, 30% da água é de esgoto tratado. Para cada tipo de reúso, há um tipo de cliente.” Fonte: https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2020/07/29/rio-perene-no-semiarido-esgoto-tratado-irriga-plantacoes-e-estadio-no-ne.htm
Hipoclorito de sódio: O que é, para que serve e como usar?

O que é O hipoclorito de sódio é uma substância muito utilizada como desinfetante para superfícies, mas que também pode ser utilizada para purificar a água para uso e consumo humano. O hipoclorito de sódio é conhecido popularmente como água sanitária, lixívia ou cândida, que é vendida em solução de até 2,5% de hipoclorito de sódio. O hipoclorito de sódio pode ser comprado em mercados, quitandas, sacolão ou farmácias. Existem no mercado pastilhas de uso doméstico e, geralmente, uma pastilha é utilizada para purificar um litro de água, mas deve-se ter atenção às instruções do tipo de hipoclorito de sódio que é vendido, porque também existe hipoclorito vendido como sal, soluções ou em pastilhas que são utilizadas para purificar cisternas, poços e para o tratamento de piscinas. Nessas situações, a concentração da substância é muito maior e pode trazer problemas para a saúde. Para que serve O hipoclorito de sódio serve para limpar superfícies, clarear a roupa branca, fazer a lavagens de verduras e também para purificar a água para consumo humano, reduzindo as chances de contaminação por vírus, parasitas e bactérias, que causam doenças como diarreia, hepatite A, cólera, rotavírus, entre outros. Para purificar a água para consumo humano, recomenda-se colocar 2 a 4 gotas de hipoclorito de sódio de concentração 2 a 2,5%, para cada 1 litro de água. Uma das etapas de tratamento da água, como piscinas e também das águas para o consumo nas estações de tratamento, é a adição de “cloro”, essa etapa é denominada de cloração. Porém, é interessante notar que, na verdade, nem sempre se adiciona o cloro (Cl2), na maioria das vezes, é uma solução de hipoclorito de sódio. Dependendo do objetivo que se pretende, são utilizadas soluções com concentrações diferentes. Cuidados ao manipular hipoclorito de sódio Ao utilizar hipoclorito de sódio, é muito importante evitar o contato direto com a substância, porque ela possui ação corrosiva, que pode causar queimaduras na pele e nos olhos, quando está em grandes concentrações. Dessa forma, é aconselhado sempre utilizar luvas. O que acontece se utilizar hipoclorito de sódio de forma errada Se for usado, acidentalmente, hipoclorito de sódio em doses acima do recomendado, deve-se lavar a região exposta imediatamente com água corrente e observar se surgem sintomas como coceira e vermelhidão. Quando se ingerem doses exageradas desta substância, podem surgir sintomas de envenenamento como vontade de vomitar, tosse e dificuldade para respirar, sendo necessário atendimento médico urgente. No entanto, quando o hipoclorito de sódio é usado dentro das recomendações, é seguro para saúde e a água tratada pode até ser oferecida para bebês e crianças.