Novo marco do saneamento básico aumentará geração de empregos

Com a aprovação do novo marco do saneamento básico, a economia deve ser movimentada com a modernização do setor. A meta é gerar por volta de 700 mil empregos no País nos próximos 14 anos, de acordo com o Ministério da Economia. O professor Rudinei Toneto, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP, explica que o aumento dos investimentos na área pode gerar efeitos diretos e indiretos. “A estimativa é que haja dois tipos de impacto. Com o aumento das extensões de rede de água e esgoto, isso gerará empregos diretos, relacionados à manutenção, atendimento e administração do projeto. Além disso, a elevação dos investimentos na área também gerará empregos durante o processo, com a necessidade de profissionais da construção civil, da indústria de materiais de construção, projetistas, engenheiros, entre outros”, explica Toneto. Ele acredita que o crescimento do número de empregados também gerará o “efeito multiplicador”, gerando a criação de empregos adicionais, relacionados às necessidades daqueles que trabalharão diretamente na operação dos novos serviços. A participação do setor privado, prevista pelo novo marco, também contribuirá com uma maior capacidade de gestão dos recursos, assim como maior segurança regulatória, fornecendo maior garantia ao investidor, por consequência, movimentando a economia. Entretanto, o professor ressalta alguns desafios na implementação dessas modernizações, incluindo a quantidade de recursos financeiros necessários, o detalhamento do projeto e os problemas atuais do serviço, e também a necessidade de qualificação de pessoal técnico. Fonte: Jornal da USP.
Reúso é indicado para lavagem de piso, bacias sanitárias e rega de plantas

A água clara gerada por aparelhos de ar-condicionado é uma solução viável para usos não potáveis, como lavagem de piso, bacias sanitárias e rega de áreas verdes. A conclusão é de uma pesquisa realizada no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) entre os anos de 2018 e 2020. A pesquisa “Avaliação da viabilidade de uso e aceitação social da água clara gerada por aparelhos de ar-condicionado” foi realizada pela pesquisadora Jéssika de Oliveira, com suporte dos professores Williame Farias, Tarciso Cabral, Cristina Crispim e Gilson Barbosa. A análise se deu por meio de coletas em equipamentos de climatização instalados no campus I da UFPB, em João Pessoa. “Buscando averiguar o volume gerado, coletou-se água de 38 aparelhos de potências variadas, entre 7.500 e 80.000 BTU/h, localizados em seis tipos de ambientes: auditório, bibliotecas, copiadoras, salas administrativas, salas de aulas e laboratórios. Mesmo sem tratamento especial, a água clara gerada apresentou-se como uma solução bastante viável”, conta Jéssika. Economia A pesquisadora da UFPB afirma que, de maneira sistêmica, planejada e bem projetada, é possível, com o aproveitamento do recurso saindo do ar-condicionado, além de atender questões ambientais, obter economia financeira na instituição. “Boa parte da água utilizada na UFPB é oriunda da concessionária de abastecimento de água. Com a crescente escassez hídrica, fontes alternativas de água vêm surgindo ano após ano. Como um exemplo dessas fontes, tem-se o vapor d’água e as gotículas presentes no ar atmosférico, que são extraídas por máquinas através da condensação do ar”, explica. Segundo Jéssika, os aparelhos de ar-condicionado usam processos bem similares ao das máquinas de condensação do ar, mas, comumente a água – nomeada pela NBR 16.783/2019 de água clara – é desprezada. “Surgiu a ideia de averiguar o volume e a qualidade da água clara gerada por esses aparelhos de climatização, tão usuais ao nosso cotidiano. Através das 188 coletas na UFPB, foi observado que, quanto maior a potência dos aparelhos, maior tende de ser o volume gerado”, diz a pesquisadora. Pesquisa Na análise realizada pela pesquisa, foram coletadas, por exemplo, vazões entre 0,20 e 6,81 L/h (Litro por hora), dos aparelhos de 7.500 e 80.000 BTU/h, respectivamente. No entanto, os pesquisadores registraram vazões com valores discrepantes em um mesmo aparelho ou em aparelhos de potência idêntica. “Logo, foi notado que, além da potência, a umidade relativa do ar, principalmente do ar interno, e a carga térmica (calor sensível e calor latente) do local também têm influência sobre o volume gerado”, destaca. Jéssika de Oliveira argumenta que as discrepâncias no volume de água dos aparelhos idênticos podem acontecer diante de fatores como fluxo de pessoas, instalações mais próximas à entrada do local e funcionamento ininterrupto dos aparelhos. Também por causa de possíveis pontos de infiltração de ar. Os equipamentos dispersadores de ar, releva a pesquisadora da UFPB, tendem a elevar ou diminuir a carga térmica e a umidade relativa do local e, consequentemente, o volume produzido. Já a marca dos aparelhos, segundo ela, aparentou nenhuma influência na mudança da quantidade produzida. LEIA TAMBÉM: PETROBRAS: REFINARIA DUQUE DE CAXIAS (REDUC) PASSA A UTILIZAR ÁGUA DE REÚSO E REDUZ EM ATÉ 5% DO CONSUMO DE ÁGUA BRUTA DA REFINARIA. Na pesquisa, com intuito de auxiliar projetos que visem o uso dessa fonte alternativa, uma equação foi construída para estimar a vazão produzida de água clara através da umidade relativa do ar interno e da potência dos aparelhos. Para verificar a qualidade da água clara, foram coletadas amostras em seis aparelhos, sendo feita a análise dos parâmetros em parceria com a Coordenadoria de Medições Ambientais, da Superintendência e Administração do Meio Ambiente (Sudema). “Os parâmetros físicos e químicos analisados (cor, turbidez, pH, condutividade e sólidos totais dissolvidos) estão todos em conformidade com a NBR 16.783/2019, a norma pertinente às fontes alternativas de água, e com os padrões estabelecidos na legislação referente à potabilidade da água”, ressalta. Quanto à análise microbiológica da água dos aparelhos de ar-condicionado, distingue Jéssika, houve a presença de “coliformes termotolerantes” em todas as amostras. Mas os valores se mostraram abaixo dos limites permitidos pela norma brasileira NBR 16.783/2019. “Com um simples tratamento, filtração e cloração, passa a haver possibilidade de conformidade quanto à potabilidade da água”, acredita a pesquisadora da UFPB. Recurso No trabalho, foi analisada também a percepção ambiental da população sobre a água clara. Os pesquisadores constataram que o ar-condicionado é um item bastante comum no dia-a-dia de 137 participantes da pesquisa. “99,3% dos participantes afirmaram ter contato com ambientes climatizados (automóveis também foram considerados) pelo menos uma vez por semana. Apesar disso, apenas 23% já usaram ou usam a água clara, sendo a rega de jardins e lavagem de áreas externas os usos mais comuns”, acentua Jéssika. A pesquisadora da UFPB assevera que, quando questionados sobre o possível volume gerado por um aparelho de 12.000 BTU/h, 76% dos participantes da pesquisa responderam que seria menor que 1L/h. “Na pesquisa realizada foram registradas vazões médias de 1,137 a 2,047 L/h. Logo, pode-se notar que, apesar de ser tão usual, o “subproduto” gerado pelo processo de climatização ainda é um recurso pouco observado e explorado”, contrasta Jéssika. A partir de um inventário disponibilizado pela Gerência de Manutenção e Equipamentos (GME) da UFPB, os pesquisadores constataram uma quantidade de 3.258 aparelhos do modelo split na instituição. Os aparelhos com potências de 12.000, 18.000 e 24.000 BTU/h foram os mais presentes. “Pela pesquisa realizada, esses aparelhos possuem vazões médias de água clara entre 1,37 e 2,41 L/h, sendo o volume produzido escoado para o sistema de esgoto. Ou ainda, de forma errônea, despejado nas calçadas, o que pode causar até danos às estruturas das edificações”, lamenta a pesquisadora da UFPB. Fonte: Jornal da Paraíba.
Empresa privada de saneamento reduz desperdício de água pela metade

O sistema de abastecimento de água no Brasil, com a maior parte do volume (70%) gerido por companhias públicas, perde, em média, 38% do produto com vazamentos e ligações clandestinas na distribuição. Em alguns estados, como Roraima, o desperdício chega a 75%, de acordo com dados do setor —a média, na região Norte, é de 60%. O prejuízo causado pelas perdas em todo o país é estimado em R$ 10 bilhões por ano. Empresas privadas conseguem a reduzir o desperdício a menos da metade (16%). As novas regras de saneamento vão permitir a privatização mais ampla de serviços. Imagine uma montadora que produz dez carros e joga fora quatro. Há duas formas de perda: a física, por vazamentos, e a não física, por roubo de água, com ligações clandestinas e medidores de água descalibrados.Paula Vilela, pesquisadora da USP (Universidade de São Paulo) Na Bahia, desperdício de 40% a 50% Na Bahia, a Embasa, empresa pública de saneamento básico, oferece cobertura para 79% dos domicílios em distribuição de água e 36% dos domicílios em tratamento de esgoto, entre 368 dos 417 municípios baianos. A taxa de desperdício local é de 40% a 50% da água tratada pelas estações da companhia, a maior parte por inadimplência, segundo o secretário estadual de Infraestrutura Hídrica e Saneamento, Leonardo Góes Silva. Segundo ele, com o novo marco regulatório do Saneamento Básico, sancionado no último dia 15 e que prevê a abertura comercial do setor, a Embasa deve promover a venda de 49% do capital da empresa na Bolsa, para melhorar a eficiência da empresa. Estamos estudando parcerias no intuito de alavancar investimentos e cumprir as metas estabelecidas no novo marco legal. O Estado brasileiro, sozinho, não me parece capaz de fazer os investimentos necessários para universalizar o acesso aos serviços do setorLeonardo Góes Silva Limeira (SP): universalização e desperdício de 1º mundo Em Limeira (SP), a primeira concessão do setor à iniciativa privada no Brasil, há 25 anos, rendeu a universalização do acesso ao sistema de água e esgoto antes da meta prevista no Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), de 2013, que prevê tais benefícios para, respectivamente, 99% e 90% da população brasileira até 2033. Atualmente, 35 milhões de brasileiros não têm acesso a água tratada e 100 milhões, às redes de esgoto. “Em Limeira, já está universalizado”, comenta o diretor-regional da BRK Ambiental em São Paulo, Fernando Mangabeira, responsável pela operação no interior paulista. “Agora, estamos aprimorando o tratamento de esgoto, de forma terciária, em função de uma tecnologia holandesa que permite a remoção de 95% dos poluentes.” A companhia está presente em 12 estados e 112 municípios brasileiros, nos quais investe em média R$ 1 bilhão por ano. A média anual de todo o investimento público do setor no país é de R$ 12 bilhões. O nível de desperdício de água da operação em Limeira é equiparável aos melhores sistemas de tratamento de água do mundo: 16%. No ano passado, a empresa investiu R$ 35 milhões na redução de perdas. Até 2024, pretende investir R$ 250 milhões em todas as operações para manter ou reduzir o desperdício. Em Campo Grande, desperdício caiu de 57% para 19% Em Campo Grande (MS), a Aegea, empresa privada presente em 12 estados e 57 cidades, atingiu a universalização do sistema de distribuição de água municipal com R$ 1,2 bilhão em investimentos desde 2010. O desperdício foi reduzido de 57% para 19%. O serviço de esgotamento atende, hoje, 80% da população, segundo o vice-presidente de relações institucionais da companhia, Rogério Tavares. No mundo inteiro, você tem perdas de água, inclusive no Japão. É impossível reduzir as perdas a zero. Um bom resultado é de 15% a 20%.Rogério Tavares “No lado do setor público, depende de quem você está falando. Há perdas na ordem de 60%. Mas também tem perdas parecidas como a nossa de Campo Grande. A perda média é de 38%”, lembra. Procurada pela reportagem, a Sabesp, responsável pelo abastecimento em São Paulo e maior operadora pública do setor no país, não se manifestou até a publicação deste texto. Eficiência exige fiscalização Para os especialistas do setor, a abertura comercial que será promovida pelo novo marco regulatório, por meio de parcerias público-privadas (PPPs) e concessões, é a melhor forma de reduzir o desperdício e aumentar a eficiência dos sistemas de distribuição e tratamento de água e esgoto no Brasil. Hoje, as empresas privadas investem duas vezes mais que as empresas públicas com as mesmas tarifas, o que é um bom indicador de eficiênciaPaula Vilela, pesquisadora da USP Nos sistemas de esgotamento, o problema é a fiscalização do despejo irregular nos rios, segundo o pesquisador Carlos Eduardo Tucci, da UFRJ. A proporção da carga lançada nos rios continua muito alta. A questão principal não é se a empresa é pública ou privada, mas se o serviço é bom. O que garante se o serviço é bom é fiscalização, com amostragem. Grande parte do serviço público não tem fiscalização. No abastecimento, a segurança é um pouco maior. Mas, no esgoto, esse padrão é baixo.Carlos Eduardo Tucci “O mercado passará por uma transição. A eficiência vai aumentar desde que haja uma boa regulação”, declara. FONTE: https://economia.uol.com.br/noticias
Conta de água vai ficar 3,4% mais cara a partir de agosto em SP.

Reajuste para usuários da Sabesp vinha sendo adiado há três meses. Publicado no Diário Oficial desta quinta, aumento entra em vigor em 30 dias A conta de água vai ficar 3,4% mais cara para clientes da Sabesp em todo o estado de São Paulo em agosto. A Arsesp (Agência Regulatória de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) anunciou o reajuste das tarifas de água e esgoto. A medida foi publicada no Diário Oficial de São Paulo nesta quinta-feira (16) e entra em vigor em 30 dias. De acordo com a Arsesp, o reajuste vinha sendo adiado há três meses. O valor leva em conta um reajuste tarifário anual de 2,4924% e um ajuste compensatório de 0,8881%. Usuários da Sabesp podem ser beneficiados pela tarifa social. O benefício vale para quem tem renda familiar de até 3 salários mínimos, que habita com a família uma área útil construída de 60 m², tem consumo de energia elétrica de até 170 kWh/mês. A regra também se aplica a quem está desempregado e recebeu última remuneração de no máximo de 3 salários mínimos – neste caso o período máximo de concessão da tarifa é de 12 meses. O benefício vale ainda para quem mora em habitação coletiva considerada social, como cortiços e unidades verticalizadas. Em nota, a Sabesp disse que, sobre o reajuste, a companhia esclarece que cumpre o que determina a Arsesp e que o reajuste anual foi postergado para este mês de julho. Ainda segundo a Sabesp, em função da pandemia, este ano o reajuste, que seria em maio, foi adiado por três meses para ultrapassar a parte mais difícil da quarentena. Fonte: R7 Saiba como reduzir a conta de água do seu condomínio ou empresa com as soluções da AcquaBrasilis.
BRF moderniza estação de tratamento de efluentes em Francisco Beltrão/PR

Companhia investiu mais de R$ 15 milhões para aprimorar o sistema utilizado na unidade A BRF, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, modernizou o sistema de tratamento de efluentes na unidade de Francisco Beltrão (PR) e investiu mais de R$ 15 milhões na iniciativa. Para promover melhorias, a empresa passa a utilizar o sistema de lodo ativado, tecnologia conhecida e empregada em diversos sistema de tratamento de efluentes. O sistema de lodo ativado é um processo biológico aeróbico que ocorre dentro de um tanque de aerado. Após este tanque, o efluente é enviado a um decantador, cuja função é separar o (clarificado) efluente tratado dos sólidos em suspensão (lodo biológico). Parte do lodo biológico é recirculado ao tanque de aeração a fim de aumentar a concentração de microrganismos para maior remoção da carga orgânica. O clarificado do decantador (efluente tratado) é então destinado ao corpo receptor. Aproveitamento de lodo O excesso de lodo, decorrente do crescimento biológico, é extraído do sistema, centrifugado e destinado para empresa de compostagem licenciada, onde é transformado em fertilizante. Os lodos ativados é um sistema que não produz odor e nem aerossóis que possam prejudicar o meio ambiente e interferir na comunidade vizinha. “A BRF entende que a gestão de efluentes gerados na atividade industrial é de extrema importância para controlar os impactos ambientais, beneficiando também a comunidade, atuando de forma alinhada aos compromissos da BRF, de segurança, qualidade e integridade”, conta Paulo Lesskiu, gerente da unidade de Francisco Beltrão da BRF. A capacidade de tratamento do novo sistema instalado é de 700 m³/h. Atualmente, são tratados em média 350 m³/h de efluente, que ele integralmente é devolvido para o Rio Santa Rosa. Com a operação deste novo sistema, a unidade deixará de emitir mais de 2.200 toneladas de dióxido de carbono equivalente (tCO2e), contribuindo para uma menor geração de gases do efeito estufa. Fonte: BRF.
Desperdício de água aumenta pelo terceiro ano seguido no Brasil; prejuízo chega a R$ 12 bilhões, aponta estudo

O desperdício de água aumentou pelo terceiro ano seguido no Brasil, segundo estudo do Instituto Trata Brasil feito em parceria com a Water.org e obtido com exclusividade pelo G1 e pela TV Globo. Os dados mostram que, em 2015, 36,7% da água potável produzida no país foi perdida durante a distribuição. Já em 2018, o ano mais recente com os dados disponibilizados, o índice atingiu 38,5%. Isso significa que, a cada 100 litros de água captada da natureza e tratada para se tornar potável, quase 40 litros se perdem por conta de vazamento nas redes, fraudes, “gatos”, erros de leitura dos hidrômetros e outros problemas. Em 2018, a perda chegou a 6,5 bilhões de metros cúbicos de água, o equivalente a 7,1 mil piscinas olímpicas desperdiçadas por dia. Além disso, como essa água não foi faturada pelas empresas responsáveis pela distribuição, os prejuízos econômicos chegaram a R$ 12 bilhões, o mesmo valor dos recursos que foram investidos em água e esgoto no Brasil durante todo o ano. Estudo aponta que o desperdício de água aumentou nos últimos anos no Brasil — Foto: Fernanda Garrafiel/Arte Segundo Édison Carlos, do Trata Brasil, os indicadores de perda de água sempre receberam pouca atenção no Brasil. Ele diz que o tema apenas ganhou força durante a crise hídrica de 2014 no Sudeste, mas que diminuir esses desperdícios não costuma ser a prioridade de governadores, prefeitos e empresas. “A gente tem uma questão climática muito incerta há muitos anos. Os mananciais estão sofrendo. Mas, ao mesmo tempo, a gente insiste em não olhar para esse indicador, que é sinônimo de ineficiência, fruto do descaso das empresas operadores e das autoridades. A solução que encontram é só tirar mais água da natureza, e não diminuir o desperdício”, diz Édison Carlos. Os dados apontam que, entre 2015 e 2018, a produção de água aumentou 5% no país, o que significa que, para atender a população, as cidades brasileiras precisaram retirar mais água da natureza. Ao mesmo tempo, porém, o volume de água não faturada teve um aumento de 10%, passando de 5,9 milhões de metros cúbicos para 6,5 milhões. O impacto financeiro ao longo dos anos também subiu de R$ 9,8 bilhões em 2015 para R$ 12,3 bilhões em 2018, uma alta de 25%. “É uma perda financeira grande. Produtos e insumos químicos são usados para tratar a água, sendo que parte dela é perdida”, diz Édison Carlos. “Além dos problemas ambiental e econômico, ainda tem o problema social. Quando tem muita perda de água no sistema, a pressão das redes não é suficiente para atender os moradores que estão em áreas mais distantes da cidades. E essas pessoas geralmente são mais pobres”, afirma. E, apesar de os números serem de 2018, Édison Carlos afirma que essas perdas de água, bem como outros problemas de saneamento, como a falta de acesso a água e esgoto, têm relação direta com o atual contexto vivido pelo Brasil por conta do coronavírus. “Quando chega uma pandemia como essa, as orientações são ficar em casa e lavar as mãos. Mas tem 35 milhões de brasileiros que não têm água. Como lavar a mão assim? Não tem como cumprir as medidas na plenitude”, afirma. O presidente do Trata Brasil ainda destaca que controlar os índices de desperdício é essencial para conseguir melhorar o saneamento de uma forma geral no país. Em um cenário considerado nem otimista, nem pessimista, o estudo aponta que, se o país conseguisse atingir a marca de 20% de perdas em 2033, ano que é considerado o prazo de cumprimento de diversas metas do Plano Nacional de Saneamento Básico, o volume economizado seria suficiente para abastecer mais de 30 milhões de brasileiros em um ano. Esse mesmo volume, que chegaria a 1,8 bilhão de metros cúbicos de água, também seria suficiente para abastecer todas as favelas brasileiras por pelo menos dois anos. Esse índice de 20%, ou até menos, que consta da projeção do estudo já é, inclusive, encontrado em países mais desenvolvidos atualmente. Em uma comparação internacional feita pelo Trata Brasil, o Brasil está no mesmo patamar que países como Congo (41,3%) e Peru (35,6%), e bem distante de países como Dinamarca (6,9%), Estados Unidos (12,8%) e Coreia do Sul (16,3%). Mesmo considerando as possíveis diferenças regionais, nenhuma região do Brasil fica abaixo desse patamar de 20%. A melhor é o Sudeste, com índice de perda na distribuição de 34,4%. Já a pior é o Norte, com 55,5%, que apresenta problemas estruturais e históricos de saneamento básico. O estudo aponta, inclusive, que o Norte teve uma piora de 14% no desperdício de água entre 2016 e 2018. Os piores casos foram os estados do Amazonas e de Roraima, que tiveram aumento de 48% e 32%, respectivamente, em suas perdas. A perda em Roraima chega a 73% de toda a água tratada. Lixo jogado em esgoto a céu aberto desemboca no rio Negro; a região Norte têm os piores índices de saneamento do Brasil — Foto: Ive Rylo/ G1 AM “Índice de 70% é sinal de descontrole total. Não tem nenhum controle da água produzida”, diz Édison Carlos. “Qualquer empresa que for entrar nestes estados vai ter que ter um plano muito concreto de redução de perda, senão, não vai conseguir operar. Nenhuma empresa quer colocar dinheiro em um lugar desse porque, com a perda, o dinheiro vai embora.” Édison Carlos destaca, porém, que, nestes casos de índices mais elevados, soluções mais simples costumam dar bons resultados. Uma delas é a instalação de válvulas de pressão. “À medida que a gente gasta mais ou menos água nas casas, as válvulas mandam mais ou menos água na tubulação. Isso reduz o vazamento”, diz Édison Carlos. Já em estados com índices mais baixos de perda, como a situação já está mais controlada, em muitos casos é necessário investir uma quantidade muito maior de recursos para conseguir baixar um ou dois pontos percentuais. De uma forma geral, porém, ele destaca que o maior problema é o dos vazamentos nas redes. “Entre
Agência terá “semáforo” para medir qualidade do serviço de água e esgoto

A AGEREG (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos de Campo Grande) estabeleceu critérios de avaliação do sistema de abastecimento de água e esgoto prestado na Capital. Por meio de indicadores definidos pelo SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento), a entidade vai propor um “semáforo” para medir a qualidade do serviço. Conforme resolução, publicada na edição desta sexta-feira (17) do Diogrande (Diário Oficial do município), a avaliação será baseada nas informações desagregadas no SNIS. Serão mensurados itens como universalização do tratamento de esgoto, índice de perdas de distribuição e até incidência de coliformes na água. Na avaliação estática, o valor de cada indicador de qualidade obtido será comparado com os valores de referência e receberá classificação de acordo com a cor, em que o verde sinaliza resultados satisfatórios, com pleno atendimento aos valores de referência e dentro dos padrões esperados. O amarelo indica valores moderados, que inspiram atenção por parte do prestador de serviço, ao passo que o vermelho aponta para valores insatisfatórios ou fora dos valores de referência. Na modalidade de avaliação dinâmica, o valor de cada indicador no ano de referência será comparado com o índice obtido no ano anterior, e receberá classificação de acordo com a evolução – melhora, estabilidade ou piora. A AGEREG vai publicar os resultados das avaliações em seu site. Os resultados obtidos poderão subsidiar certificação dos marcos contratuais do contrato de concessão com a Águas Guariroba, responsável pelo serviço de abastecimento e água e tratamento de esgoto em Campo Grande. FONTE: https://www.campograndenews.com.br/cidades/capital/agencia-tera-semaforo-para-medir-qualidade-do-servico-de-agua-e-esgoto
Água e o Coronavírus (COVID-19)

Com a crescente preocupação internacional sobre o Coronavírus (COVID-19), as concessionárias de água podem ter dúvidas sobre os possíveis impactos em suas operações e como responder às perguntas dos clientes sobre segurança da água. Os profissionais de água e esgoto também podem ter dúvidas sobre o potencial de exposição ao COVID-19 no local de trabalho. Em uma página de perguntas frequentes para profissionais de saúde, o CDC inclui o seguinte: P: “O que as empresas de gerenciamento de resíduos precisam saber sobre águas residuais e esgotos provenientes de um estabelecimento de saúde ou comunidade com um paciente conhecido do COVID-19 ou uma pessoa sob investigação (PUI)?” R: Os resíduos gerados no atendimento de pacientes com COVID-19 confirmado não apresentam considerações adicionais para a desinfecção de águas residuais. O Coronavírus é suscetível às mesmas condições de desinfecção em ambientes comunitários e de saúde que outros vírus; portanto, espera-se que as condições atuais de desinfecção nas instalações de tratamento de águas residuais sejam suficientes. Isso inclui condições para práticas como oxidação com hipoclorito (ou seja, alvejante à base de cloro) e ácido peracético, além de inativação usando irradiação UV. P: “Os trabalhadores de águas residuais e esgotos precisam de alguma proteção adicional ao lidar com resíduos não tratados da área da saúde ou da comunidade com pacientes infectados pelo COVID-19” R: Os trabalhadores de águas residuais devem usar práticas padrão, incluindo precauções básicas de higiene e usar os EPIs recomendados, conforme prescrito para suas tarefas de trabalho atuais, ao manusear resíduos não tratados. Não há evidências que os funcionários das estações de tratamento de efluentes precisem de proteções adicionais em relação ao COVID-19.
Evite desperdícios e reduza a sua conta de água com boas práticas

Você sabia que de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) 110 litros/dia é a quantidades de água suficiente para atender as necessidades básicas de uma pessoa? A água é utilizada em vários setores da sociedade: agricultura, indústria e etc, além disso, a água é utilizada em diversas tarefas domésticas. Infelizmente não é isso que acontece, no Brasil as famílias consomem água acima do esperado. O consumo médio o de água no país é de 154,1 litros por habitante ao dia. Em 2016, os consumos apresentam variações regionais de 112,5 l/hab.dia no Nordeste a 179,7 l/hab.dia no Sudeste. No mundo, segundo o “Progress on Sanitation and Drinking-Water”, 2015 – (OMS)/ UNICEF 40%da população mundial estarão vivendo em áreas com pouco acesso à água até em 2050. Com esse cenário de possível escassez, é importante ressaltar que é preciso, portanto, evitar o desperdício e executar boas práticas para preservar esse bem que é tão valioso. Confira algumas dicas do que você pode fazer para evitar desperdício: • No banheiro -Ao escovar os dentes, feche a torneira; -Não tome banhos longos, 5 minutos são suficientes; -Ao ensaboar o corpo, feche o registro; -Regule a válvula da descarga para não gastar muita água; -Lugar do lixo é na lixeira. • Na cozinha -Não deixe a torneira aberta ao lavar e desfolhar hortaliças e legumes; -Antes de lavar pratos, panelas e bandejas, limpe bem os restos de comida e jogue-os no lixo; -Só ligue a máquina de lavar quando estiver cheia; • Na Lavanderia -Deixe acumular as roupas e lave-as de uma só vez; -Programe os níveis de água conforme a quantidade de roupas acumuladas; • Áreas externas e jardins -Utilize água das últimas lavagens para limpeza de áreas externas, jardins e carros;
Captação e reutilização de águas pluviais

O mundo está passando por transformações ambientais e climáticas importantes, que muitas vezes, trazem problemas para os seus habitantes. Enquanto a população mundial cresce, nós percebemos que a escassez de água limpa é uma realidade, que precisa ser levada a sério. Em alguns estados do Brasil, a escassez é muito frequente e prejudica milhares de pessoas. E, por essa razão, foram criadas maneiras de minimizar esse problema, como a captação d e reutilização de águas pluviais, que permite a substituição parcial da a água potável (aquela que sai das torneiras e mangueiras). Onde e como é feita a captação e reutilização de águas pluviais? A captação da água da chuva é feita a partir de coberturas, por meio de calhas e condutores verticais e horizontais até reservatórios, as cisternas. Para realizar o tratamento das águas de chuva devem ser usados filtros e dispositivos para desinfecção. Onde aproveitar as águas pluviais? As águas coletadas e tratadas podem ser utilizadas para várias atividades representando uma grande economia no seu dia a dia. Alguns exemplos são: descarga de vasos sanitários,lavagem de quintais, lavagem de veículos, regar plantas e jardins, entre várias outras opções possíveis. Se você quer saber mais sobre a captação e reutilização de águas pluviais, entre agora mesmo em contato com a Acquabrasilis e aproveite para solicitar o seu orçamento conosco agora mesmo! Região de Atendimento Encontre o atendimento da Acquabrasilis por região Região CENTRAL Zona NORTE/SP Zona OESTE/SP Zona SUL/SP Zona LESTE/SP Grande SP Litoral SP Região CENTRAL Aclimação, Bela Vista, Bom Retiro, Brás, Cambuci, Centro, Consolação, Higienópolis, Glicério, Liberdade, Luz, Pari, República, Santa Cecília, Santa Efigênia, Sé e Vila Buarque. Zona NORTE/SP Brasilândia, Cachoeirinha, Casa Verde, Imirim, Jaçanã, Jardim São Paulo, Lauzane Paulista, Mandaqui, Santana, Tremembé, Tucuruvi, Vila Guilherme, Vila Gustavo, Vila Maria, Vila Medeiros. Zona OESTE/SP Água Branca, Bairro do Limão, Barra Funda, Alto da Lapa, Alto de Pinheiros, Butantã, Freguesia do Ó, Jaguaré, Jaraguá, Jardim Bonfiglioli, Lapa, Pacaembú, Perdizes, Perús, Pinheiros, Pirituba, Raposo Tavares, Rio Pequeno, São Domingos, Sumaré, Vila Leopoldina, Vila Sonia. Zona SUL/SP Aeroporto, Água Funda, Brooklin, Campo Belo, Campo Grande, Campo Limpo, Capão Redondo, Cidade Ademar, Cidade Dutra, Cidade Jardim, Grajaú, Ibirapuera, Interlagos, Ipiranga, Itaim Bibi, Jabaquara, Jardim Ângela, Jardim América, Jardim Europa, Jardim Paulista, Jardim Paulistano, Jardim São Luiz, Jardins, Jockey Club, M’Boi Mirim, Moema, Morumbi, Parelheiros, Pedreira, Sacomã, Santo Amaro, Saúde, Socorro, Vila Andrade, Vila Mariana. Zona LESTE/SP Água Rasa, Anália Franco, Aricanduva, Artur Alvim, Belém, Cidade Patriarca, Cidade Tiradentes, Engenheiro Goulart, Ermelino Matarazzo, Guianazes, Itaim Paulista, Itaquera, Jardim Iguatemi, José Bonifácio, Moóca, Parque do Carmo, Parque São Lucas, Parque São Rafael, Penha, Ponte Rasa, São Mateus, São Miguel, Paulista, Sapopemba, Tatuapé, Vila Carrão, Vila Curuçá, Vila Esperança, Vila Formosa, Vila Matilde, Vila Prudente. Grande SP São Caetano do sul, São Bernardo do Campo, Santo André, Diadema, Guarulhos, Suzano, Ribeirão Pires, Mauá, Embu, Embu Guaçú, Embu das Artes, Itapecerica da Serra, Osasco, Barueri, Jandira, Cotia, Itapevi, Santana de Parnaíba, Caierias, Franco da Rocha, Taboão da Serra, Cajamar, Arujá, Alphaville, Mairiporã. Litoral SP Bertioga, Cananéia, Caraguatatuba, Cubatão, Guarujá, Ilha Comprida, Iguape, Ilha Bela, Itanhaém, Mongaguá, Riviera de São Lourenço, Santos, São Vicente, Praia Grande, Ubatuba, São Sebastião, Peruíbe.